Adeus, meu amado Pepe Mujica
13/05/2025 Em menos de um mês, o mundo — se ainda podemos chamá-lo assim, com alguma fé no seu significado — perdeu duas figuras que, em sua inteireza humana, alçaram-se àquilo que de melhor a humanidade já pôde oferecer a si mesma. Primeiro, o Papa Francisco, arauto de uma fé vivida como ternura e denúncia. Agora, José “Pepe” Mujica, o lavrador de ideias e afetos, o estadista improvável que nos ensinou a força política da simplicidade. Ambos, cada qual à sua maneira, encarnaram uma ética da humildade radical, um chamado incessante à fraternidade universal e à responsabilidade mútua entre os…