Hugo Motta, o otário

04/07/2025 Antes de tudo, Hugo Motta é um otário. Deslumbrado com sua longa cauda de rato da extrema-direita, acreditou ser protagonista quando, na verdade, não passa de um estafeta, de um mensageiro obediente. Adestrado na coleira e na focinheira por Eduardo Cunha e Arthur Lira, é um serviçal do bolsonarismo radical e do centrão fisiológico que há décadas parasita o Estado. Motta é o arrivista típico: confunde bajulação com liderança, servilismo com estratégia. Um otário. E não há termo mais preciso. Tão otário que, na mesma semana, pautou duas bombas: o aumento no número de deputados, para agradar ao baixo…

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A Câmara é a trincheira do retrocesso

02/06/2025 A pesquisa Quaest, divulgada hoje, confirma com clareza o que há muito se sabia. Por mais que a liturgia do cargo imponha ao presidente da República certa compostura institucional, a crueza rapinante das decisões do Parlamento exige contenção. Contenção que só pode ser exercida pelos caminhos democráticos disponíveis, pelos expedientes legais ao alcance do Executivo: a judicialização da política. A frase proferida ontem por Lula — “Se eu não for ao STF, não governo” — não é metáfora aleatória, tampouco desabafo retórico. É a descrição literal de um impasse histórico: um governo eleito para promover justiça social e desenvolvimento…

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É isso mesmo: é “nós contra eles”

01/07/2025 Nas últimas legislaturas, a escolha do presidente da Câmara, no Brasil, não tem sido exatamente um exercício democrático. Tem sido, antes de tudo, um rodízio no comando de um negócio sujo — muito sujo — e altamente lucrativo. Sai Arthur Lira, entra Hugo Motta. Antes deles, Eduardo Cunha. A linha de sucessão é nítida: um gângster forma o outro e passa-lhe o bastão da rapinagem. Motta foi criado em cativeiro por Cunha. Foi adestrado, moldado, lapidado para manter a engrenagem da impunidade funcionando com precisão. E funcionando muito bem, sobretudo para quem jamais pagou impostos. Nem pretende. A sucessão…

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Oremos pelos desgarrados, pois o Evangelistão está prenhe

27/06/2025 O Brasil não nos dá descanso! No mesmo dia em que o IBGE nos presenteia com a excepcional notícia de que o desemprego caiu para 6,2% e de que a formalização do trabalho, a tal carteira assinada, atingiu níveis históricos — espécie de primavera tardia no mercado de trabalho —, somos brindados com outra revelação, esta de tom escatológico: as mulheres evangélicas são, de longe, as campeãs nacionais em fecundidade. Com média de 1,7 filho por mulher, as evangélicas vêm povoando o nosso futuro com fervorosa diligência. Essa notícia deve ter sido recebida com júbilo nos púlpitos-gazofilácios do país,…

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