Quando a França disse basta!

24/07/2025 A decisão anunciada há pouco pelo presidente Emmanuel Macron, de reconhecer oficialmente o Estado da Palestina na próxima Assembleia-Geral das Nações Unidas, é mais do que uma boa notícia: trata-se de um gesto histórico, digno de ser celebrado com a intensidade dos momentos que rasgam a couraça da história. Representa um golpe certeiro na armadura diplomática de Israel, há décadas corroída pela arrogância da impunidade. O gesto francês, mais do que uma celebração simbólica da luta do povo palestino, consagra uma derrota amarga para o regime nazissionista de Benjamin Netanyahu e seu gabinete composto, integralmente, por sanguinários criminosos de…

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Tornozeleira com o mapa do inferno

22/07/2025 Queria ter acordado hoje com o desejo manso de escrever uma crônica leve, alegre, divertida — dessas que me provocam riso enquanto escrevo, como quem descansa as ideias inspiradoras num jardim de palavras. No entanto, fui dormir ontem sob o peso da notícia amarga de que o ministro Luiz Fux tentara livrar a cara do miliciano genocida, esse verme rastejante que encarna o que há de mais abjeto na história social brasileira, figura que é, ao mesmo tempo, pai e filho da ruína moral e institucional contra a qual, com muito esforço, ainda lutamos para reverter. Quase não dormi.…

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Os tocáveis e os intocáveis de Trump

20/07/2025 Jamil Chade, em sua coluna de hoje, relata que Staffan Lindberg, um sueco sóbrio e pouco dado a histerias tropicais, lhe afirmou que, se as coisas seguirem no atual compasso, os Estados Unidos deixarão de ser considerados uma democracia já em 2026. Não se trata de um palpite de mesa de bar. Lindberg é chefe do V-Dem, programa da Universidade de Gotemburgo que avalia, com denso rigor, a saúde democrática dos países mundo afora. O aviso aturde. Afinal, não é todo dia que uma república outrora símbolo da democracia — mesmo com todas as suas contradições coloniais — resolve…

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O coração podre do império, apodrece!

19/07/2025 Ora, ora, quem diria? Ou melhor: quem ousaria dizer que Donald Trump, o messias dos milionários, converteria a Presidência dos Estados Unidos numa máquina silenciosa de enriquecimento privado, operando com a frieza e a audácia de um criminoso de guerra?Quem poderia imaginar que o criminoso sentenciado e apenado em 454 milhões de dólares por fraude financeira usaria o Salão Oval como caverna de Ali Babá?É inacreditável. No entanto, a verdade é que o fascista alaranjado, aspirante ao trono imperial do globo, utiliza sua influência, seus decretos e sua rede social como instrumentos meticulosos para manipular mercados e engordar os…

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